terça-feira, 2 de julho de 2013

Resgatando passados...

(20 de Dezembro de 2010)
BASTA UMA ONDA

Olha!
É o mar.
Em seu constante movimento de ir e vir.
Hipnotiza.
Faz sonhar.
Orar.
Chorar.
Sorrir.
Lembrar.
Sim!
Nele nos perdemos, nos achamos.
Por fim, nele, nos chamamos.
Nos dedicamos tanto que quando menos esperamos ele volta a nos derrubar.
Ou a nos levantar.
Aquele que nos perdemos em sua horizontalidade.
Mas que quando o olhamos deciframo-nos internamente.
Pois quando sorrimos, sempre queremos ir em direção a ele.
E quando choramos, o sentimos escorrer em nossos rostos até chegar ao nosso lábio.
Queremos sempre contar as sete ondas para um ano melhor.
Sempre mergulhar de cabeça para lavar a alma.
Mas sempre que o vemos atormentado, fugimos.
Espera, esse é o mar ou o meu peito?
Doce confusão. Ou melhor, salgada!
Pois quando estamos dispostos a sorrir, porém ainda frágeis, basta uma onda, por menor que seja, para nos derrubar.
Em compensação, quando estamos no nosso ápice, a maior delas nos joga nas alturas.
E seguimos assim, nesse constante movimento de, ir e vir.
Mas espera, esse não é o mar?
Que seja, o mar, o meu peito, que seja o que for.
Pois em apenas uma onda eu posso me decifrar, eu posso te decifrar.
Em uma única onda, nós podemos sempre voltar.